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I- É terminantemente proibida a cópia total ou parcial das postagens neste blog.
II- Você pode citar trechos das postagens publicadas aqui desde que inclua um link de referencia ao blog "Enfermagem Continuada", dando os créditos de autoria a mim Enfª Ana Carolina Palmieri.
III- Lei 9610 - artigo 184 do Código Penal brasileiro.

As infecções de corrente sanguínea (ICS) geralmente são de difícil diagnóstico e requerem conhecimento e colaboração de vários profissionais para que sejam diagnosticadas e tratadas de forma adequada e o mais rápido possível, pois podem ter consequências sistêmicas graves, como sepse, sepse grave e choque séptico, e estão frequentemente relacionadas às altas taxas de morbidade e mortalidade. 

O diagnóstico da ICS é feito pela detecção da presença de micro-organismos viáveis na corrente sanguínea, definido como bacteremia, através da hemocultura.


A hemocultura positiva permite a identificação do agente infeccioso e o teste de sensibilidade aos antimicrobianos que auxiliam na orientação terapêutica correta, cujo início precoce tem demonstrado redução significativa na taxa de mortalidade.


As fontes mais comuns de ICS, em geral, incluindo as de origem comunitária ou hospitalar, são: dispositivos intravasculares (19%), trato geniturinário (17%), trato respiratório (12%), intestino e peritônio (5%), pele (5%), trato biliar (4%), abscesso intra-abdominal (3%), outros sítios (8%) e sítios desconhecidos (27%).


Agente:

  • Enfermeiro
  • Técnico de enfermagem

Material:
  • Luvas de procedimento ou luvas estéreis
  • Seringa
  • Scalp
  • Agulha
  • Swab alcoólico
  • Clorexidina alcoólica 0,5%
  • Garrote
  • Frascos de hemocultura
  • Adesivo absorvente
Descrição da Técnica:
  • Conferir o pedido médico e as etiquetas de identificação;
  • Higienizar as mãos;
  • Separar o material;
  • Realizara a meta 1 - identificação correta do paciente;
  • Orientar o paciente sobre o procedimento/ exame;
  • Posicionar o paciente confortavelmente;
  • Higienizar as mãos;
  • Observar as condições da rede venosa dos membros superiores, dando preferência a veia mediana da fossa cubital devido ao seu calibre;
  • Fazer a antissepsia da tampa de borracha do frasco com álcool 70%, desprezar o swab usado e deixar outro sobre a tampa até a inoculação do sangue;
  • Garrotear o membro, não excedendo 60 segundos;
  • Calçar as luvas de procedimento (se a luva a ser usada for a estéril, deve-se lembrar de que não se pode tocar em materiais que não sejam estéreis);
  • Realizar antissepsia no local com clorexidina alcoólica a 0,5%;
  • Puncionar a veia com scalp em um ângulo de 45º, com o bisel voltado para cima;
  • Ao puncionar, o sangue refluirá para a extensão do scalp para a seringa;
  • Desgarrotear o membro;
  • Aspire o volume recomendado no frasco e conforme a faixa etária x peso (criança);
  • Retirar o scalp da veia cuidadosamente, comprimir o local e colocar o adesivo absorvente;
  • Fazer a transferência do sangue para o frasco de hemocultura:
  • Não deve ser feita a troca de agulha após a coleta de sangue para inoculação no frasco, pois não há decréscimo significativo na taxa de contaminação quando a troca é feita e aumenta-se o risco de acidentes para o profissional, além de elevar o custo do exame.  
  • A transferência da amostra para os frascos de hemoculturas deve ser feita primeiro no frasco de anaeróbio, sem troca da agulha; se a coleta foi realizada com sistema de coleta fechado, inocular primeiro no frasco aeróbio. 
  • É importante lembrar que o frasco de hemocultura deve permanecer em pé durante toda a coleta para evitar refluxo para a veia do paciente; observar o volume correto, analisando o guia de demarcação na etiqueta do próprio frasco; 
  • Descartar o material utilizado para coleta em caixa de perfuro cortante;
  • Retirar as luvas e descantar no lixo;
  • Colar as etiquetas de identificação do paciente nos frascos de hemocultura - obs.: não colar sobre o código de barras do frasco;
  • Recompor a unidade.
  • Lavar as mãos.
  • Encaminhar a amostra ao laboratório.
  • Registrar o procedimento no prontuário do paciente.
Outras Recomendações:

  • Os antibióticos agentes bactericidas ou bacteriostáticos, podem dificultar o crescimento bacteriano; por isso, sempre que possível, deve-se coletar a amostra antes da administração da terapia antimicrobiana;
  • Deve ser obtida quantidade de sangue suficiente para evitar resultados falso- -negativos, pois a sensibilidade do exame depende do volume de sangue coletado;
  • A origem da amostra de sangue deve sempre ser informada, isto é, se foi coletado de vaso periférico ou através do lúmen do cateter;
  •  O frasco encaminhado para o laboratório deve sempre ser corretamente identificado, a fim de facilitar o retorno do resultado para o paciente; é fundamental que conste o horário de coleta da amostra; 
  • A amostra deve ser encaminhada imediatamente ao laboratório após a coleta, com a finalidade de assegurar o isolamento, sobretudo dos micro-organismos mais sensíveis e exigentes, além de evitar demora na liberação do resultado;
  • o número mínimo de amostras deve ser 2 e o máximo, 4 por episódio infeccioso.
  • Alguns autores classicamente recomendam a coleta de amostras em intervalos arbitrários de 30 a 60 minutos. No entanto, outros observaram que não há diferenças significativas entre os índices de positividade de hemoculturas obtidas em diferentes tempos em relação ao pico febril ou em um período de 24 horas, quando obtidas simultaneamente ou com intervalos. O estado clínico do paciente é o fator determinante do momento e intervalo entre as coletas 



Referência: Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial. Disponível em: http://www.sbpc.org.br. Acessado: 27/08/2017.

Data da última revisão: Agosto de 2017.

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